sábado, 14 de dezembro de 2013

mas é porque a vida...


mas é porque a vida
que foi, e foi
acontecendo
e eu ali, aqui
ia vendo
o que ia a passar
no canto, no alento
assim foi
que fui e ainda
a estar, no entanto
foi arte a dor que seguia
um lugar
despertando a cria
do vento calado
um voo raso no ar
me desentalando o tempo
mas deixa o tempo
vou inalando sonho
à vida que é esse lugar



Deibe Viana

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

até a eternidade

"..."
Certo dia após a luz crescer
meus olhos se abriram com um ar dourado.
Era uma manhã leve e eu tinha dever a cumprir
Ser...
Mas, via uma imagem extremamente linda.
O infinito vinha da moldura da janela,
e uma trilha sonora perfeita
redescobria o lar dos espaços dela.
Enquanto brincavam de enrolar o tempo
entre um doce aroma que entrava,
eu me via entender aquilo sem saber.
Era vida que se mostrava sonho
de pedaços daquilo que eu ia ser
Ser... E ser...
"Rivers run dry but there's no line on his brow
Says he doesn't care who's saved
It's just the dice you roll, the here and now
And he's not guilty or afraid
One day he'll slip away
Cool water flowing all around
In the river and on the ground
Leave a pocketful of stones and not believe in other lives
...""..."
E então o encanto molhou meu rosto.
Sentia os segundos como pingos de um sereno
Fui levado a olhar à porta da rua
E caminhei desatento àquele gosto
Folhas brancas começaram a entrar na sala
E de repente a luz era meu destino
Dentro do que eu estava pensando
Respirei ofegante e percebi o risco.
Já era a hora de sair pro mundo.
E ser... ser, e ser...



Deibe Viana
Em inglês, um trecho de A pocketful of Stones de David Gilmour (Remember that night, 2006)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

06:30


Absorva o impacto, por favor, e zelo, dissabor.
Não fui feito pra lhe permitir inocente.
Vejo marcas em meu corpo e agora é tempo. E olha, flores,
risos, e muitos cantos me alimentaram,
mas também muito no canto, e ausente eu fiquei.
Agora posso lhe lembrar de que nós somos do tempo,
assim como o que se foi no sopro do instante, mas
Eu vou, de certo, bater no peito, entende? Quando for uma lembrança.
...
No meio da dança vi que o que se permanecia a se sentir no peito,
Além de qualquer interferência, ou de qualquer outra loucura convencional,
imerso ao sangue
eram Incertezas,
e amor.
Mas é mais certo que sou do tempo.
E o tempo é incerto.
Eu tenho uma vida.
Um tempão de vida.
Uma vida toda.
Uma
vida.
Pra Percorrer por Entre o desvendar
Porque sou esse que hoje crer,
e quem sou eu hoje que se entrega.
Que se faz sonhar que rir,
que venera, que se engana,
que aparece no caos,
e que acorda.
06:30 da manhã.
Me sentia bem pra levantar.
O sol ficava mais forte, então.
Estamos dentro do tempo. Dentro do tempo.
Dentro do tempo e coração.. .. .. .. ..   .. .. ..   .. ..   ..


Deibe Viana

terça-feira, 9 de julho de 2013

sobrecaminho


Antes eu podia fazer algo por minha cidade
Mas hoje não consigo fazer quase nada por mim
Eu caminho pela rua, louco
O suor escorre, mas isso é pouco, eu acho e afinal...
Quem pode se declarar vencedor de um jogo invisível?
Diante do tempo eu largo essa minha inquietude
que sempre descansa a respiração de um mesmo fim
Sonho o que não sou
A dor dissolve a paz e vira nó entre a libertação e o caos
Mas quem tem direito de impedir se é vida desprezível?
A moça se vende por não saber falar
O pai se sente preso no leito do próprio ar
Um esconde a mão e ergue a outra pra apontar
O mundo revela-se imundo à nossa imensa fábrica
e não há, em si, meu bem, como parar



Deibe Viana

sábado, 8 de junho de 2013

um descanso dos ventos (alusão)


“Mãe, eu não consigo entender nada!”... E comecei a chorar decepcionado com algo que nem sabia se era pra me atingir, ou talvez nem mesmo soubesse do que se tratava. Derramei junto ao amor materno uma enxurrada de desgosto exagerado, praquela época. “Você sabe o que é felicidade? Pois é... Eu não mais sei. Sinto um magoa estranha e uma vontade de compreensão da vida que não suporto mãe.” E ela, dolorosamente deixa palavras de desespero saltarem: “Não sei o que te dizer”... Porque que isso tá acontecendo, meu filho?”“ E sentada ao meu lado na cama se pôs a chorar, o mesmo interrompido nas agonias do parto, as mesmas gotas em solidão, que me molharam a alma, quando recém nascido. Eu e minha mãe num apartamento e o resto do mundo na virada do ano... Algumas lágrimas de amor se espalhavam em mim. E tudo era o tempo.
Um menino condenado.  
De lá pra cá vejo que manchamos e mancharam muito o vermelho do nosso coração. Em meio a atitudes que não honram esse sofrimento que o espírito tenta dar jeito, dia após dia... Mas é porque o amor é tão frágil que ninguém consegue segurar sua consistência no pensamento por muito tempo, mesmo que ele seja o que há de mais lindo pra se pensar. É preciso a dor pra se viver, um monte de caos pra se abater. É preciso o que nem é pra ser.
E eu pensava que era apenas ter fé, mas a rua pro amanhã pode se encher de espelhos quebrados. Aquele menino já não se via a caminhar com certezas, aquelas mesmas da infância. E hoje não sou o maior dos homens que um dia eu mesmo sonhei que fosse me tornar. Mas perto daquelas árvores, no quintal da nossa casa fiz muitas orações. Era uma semelhança muito grande do céu e o meu desejo no melhor. Eu era uma criança, e a vida surgia. Enquanto olhava as pessoas passando na cozinha.
Minha mãe tão linda! Um dia o sentimento que apresentou a mim voltará à tona com o ímpeto batalhador pra dominar, se juntando com os pensamentos soltos em minha mente. Ele vencerá a tristeza que dominou o mundo que vivo, o mesmo mundo que todos respiramos e assistimos. Eu sei que devo acreditar no tempo. Ainda sei que devo torcer pelos sonhos, porque a tudo somos o destino palhaço, a levar o dono de circo, acaso. O amor deita sobre nós todas as noites, mas a fé não está na prateleira do cotidiano.
Se esquivar dos atalhos, silenciando a palavra mal colocada ou reagindo mal às visitas da falta de virtude. Isso não é possível pra ser recordado, é um antídoto passageiro que abençoa o caminho do mais puro humano em nosso coração, acuado na intenção, à resistência dos dias. 

...Mãe, com seu amor é menos difícil. 



Deibe Viana

terça-feira, 28 de maio de 2013

mutação, felicidades e desfechos I (em uma conversa de um psicólogo à beira da morte com um homem sobrevivente à base de acasos em busca de sortes, e de entendimentos)



- Querendo sentir
eu fico assim
à eternidade
- O pensamento se torna o...
comando, é isso?
- E é por isso, entenda
todo fim está à tona.
Aquele que desvia o
caminho da ânsia,
que leva o sabor de
acasos aos diversos
tão retos e tão incertos
entendimentos,
 desse tom de carinho contido em magicamente
apenas notar-se feliz.
Ou mais ou menos, sabe?
- Mas querendo sentir?
- Querendo sentir é algo sobre mim na
chuva de desfechos, e
quase tudo sobre mim se espalha
em felicidades e desfechos.
...Não se explicam.
- Que sua mutação seja eterna.
- Que seja paz enfim. Tenho que ir então.
- Volte assim que esquecer-se de si,
mas volte.



Deibe Viana

quarta-feira, 22 de maio de 2013

ar



Fumaça tóxica industrializada
Carniça animal seca
Tempo confuso e atemporal
Todos os lados, e um tanto unilateral
Mordaça cômica humana
Cigana mente em vida estacada
Dor da palavra suja
Na cara do amor disfarçada
Caminho único e destino incerto
Solidão crônica em infinito desejo
Beijo de tristeza e o caos nos olhos
tralhas na respiração de ensejo
Desculpas e mais falhas
Atalhos e poucos encontros
...
Galhos em menos verde, há
Sede à lágrima vermelha
velha infância na cabeça.
Peça enrustida no mundo, é
sonda lírica na mente...
Tudo que há pela frente
é cor, amor, é se, e supor.
Em todo punhal da vida cheia
nas costas pesadas de alguns fins vazios..



Deibe Viana
(Imagem retirada de João P. Cuenca em Dançando com o vazio para O Globo)





sexta-feira, 26 de abril de 2013

bossame do perdão



Vê, escuto a dor a imaginar 
um chamado da fé no vão
Sê esse fio de me completar 
no laço que afirma a união
E por toda essa contradição 
apenas passar no tempo
ao cair no canto
cantar todo mau momento.
ao seguir em pranto
elevar tudo em meu coração.

Quem rege o sonho a atar 
um pobre regador de nadas?
Dê-me tua mão pra acalantar
um pouco sobre essas feridas
Não to por quem riu das brigas
apenas desentendi o vento
algo muito à quem do tanto
que sinto num pouco de seu alento
eu deixo a alma em teu encanto
por hoje e todas as minhas vidas.



Deibe Viana

terça-feira, 16 de abril de 2013

leve ao tempo



Ei de perceber o encanto
Pois cá me sei apenas sonhador
Oscilando solto no outro passo
Eu faço-me fenda na corte da memória
Deixe entoar na cor do vento, tempo
O que há pra se entender na dor e no afeto
E seja Doce Paz ante esse infinito em fúria
Ei de acordar de cima da montanha
Do canto meu, d’um infeliz caçador...
Aprontar-me em novo dia enfim
Produzir o quadro, o passo e o jardim
Mas pra esses que a hora enfrenta, tempo, eterniza
A palavra d’um pobre servo teu à leve brisa
Está soando aqui aos furacões do amor sem fim


Deibe Viana

quarta-feira, 27 de março de 2013

por aqui...






O mundo em volto de fumaça e buzinadas está por aqui, girando. Nota-se que o sol agrediu o tempo, e é nítido que esse sempre o perdoa, porque é certo que a culpa ao tempo amanhece. De alguma forma eu sei do teu riso de brilho lindo do outro lado, leve no vento da rua, no meio de alguma cidade, enquanto por aqui a chuva brinca em não cair e a terra crua transpira óleo. E é essa a noite de mais ideias. Depois dos instantes que em minha vida, antes tão entregue ao descompasso e agora aliciada pelo padrão, brinco de segurar a ilusão, retorno amigavelmente aos papos com o acaso. A casa está morna, o peso da solidão é fatal e ocupa todo o espaço... Eu deito sobre as páginas cheias de pele e nado no sonho às graças de um som amoroso. Incrédula fase. Apenas fase.



Deibe Viana

segunda-feira, 4 de março de 2013

um salve alucinante!



A ansiedade virava algo preso na garganta... Aquele palco ainda escuro, um locutor enrolando o pulo, a arquitetura do palco sendo montada, e nada do Rappa...

Não sei se o ano vai ser do mal ou se vai ser do bem... Mas o ano virou único... Dj Negralha faz a introdução pra chamar a alma do público, o que ele faz muito bem... A eletrizante 'Reza vela' começa a viajem com a banda toda em empolgante apresentação... Era luz branca e intensa na batida do bumbo, era uma máquina atrás do homem e o homem mecanizado, como se estivesse longe do que se faz liberdade... E como um grito de guerra... Um refrão te faz olhar pro céu. “Eu sou guerreiro, sou trabalhador e todo dia vou encarar com fé em Deus e na minha batalha, e na minha batalha. Espero tá bem longe quando tudo de ruim passar...”
E agora o tempo passava, mas não se sentia... Era apenas uma melodia meio africana, uns grooves, e sambas funkeados que levavam uma multidão de cabeças prum lado e pro outro. E aí uma das hiper-colagens’ de trechos improvisados e muito bem ensaiados do eterno Dj do Rappa, o Sir. Negralha começa, aí é a batida com delay... reverb... que toma conta... uma pedrada de vez em quando pra não sair da trilha... E depois de uma navegada... A guitarra começa leve, e a banda pulsa entregue... É a 'Linha vermelha'... Numa levada delicada do teclado... Linda! “Tem que recomeçar, tem que construir, tem que avaliar, e ter hora pra agir o tempo todo, o tempo todo tem que agir... Vou me benzer. Vou orar. Vou agradecer. Vou me rezar...”.

Esse grupo é reconhecido em qualquer meio que se tenha sabor de cultura, numa rapaziada ligada com o murro na cara da elite, que admira o dia por que o dia é PRA todos, repira na luta, enquanto busca a simplicidade, e perante o amor pelo que é nosso... Brasil, nordeste (Lembro de um belíssimo trecho de solo de guitarra em que Xandão parafraseia com um que de Rappa o ícone Luiz Gonzaga... Foi a na introdução da emblemática 'Hey Joe') Os caras são parte de um todo pelo sentimento que se é produzido, seres humanos que exalam energia e exaltam o bem. “A cor da pele não é nada perto do seu coração...” Falcão sempre empolgado, se integrava como parte do público, sentindo o show e espalhando a ideologia da banda. E um remixe se forma como uma cobra rastejando, de repente batidas começam a te tirar do chão apenas pela mente, e elas se repetem e se misturam... 

O clima de 'Lado A lado B' e a sincronia do visual... putz... A noite vibra ao som rasta e psicodélico que rola entre as músicas do repertório muito bem montado... “A minha alma tá armada e apontada para cara do sossego. Paz sem voz paz sem voz, não é paz. é medo. Às vezes eu falo com a vida, as vezes é ela quem diz, qual a paz que eu não quero conservar pra tentar ser feliz...” faz a cabeça...
'Pescador de ilusões' e os saltos... todo mundo vira brother... Um ponto alucinante a ser ressaltado do show é o seu excelente clipe... Na parte final, um dos reggaerappa, se não me engano 'Meu mundo é o barro' (tocada também no início) ou 'Súplica cearense', era no telão um Senhorzinho rasta vestindo o verde, amarelo e vermelho... Um simples homem liberto... rindo ao fazer algum serviço de casa... Eram imagem antigas, provavelmente feitas na Jamaica.
E em alguns desses ‘culto-canções’ se intercalavam palavras como Humildade, Favela, solidariedade... UNIÃO... Todos com a mesma fonte da logo da banda... E o Salve Teresina... Vishi... Emocionante!

Abraço Rappa! A energia do bem  sempre prevalece!

...Uh Rappa! uh rappa! Uh rappa! Uhh rappa! Uhh rapa!!...
IMAGENS RETIRADAS DE ORAPPA.COM.BR

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

à frecha da porta do quarto



O escuro me transporta pra mente
e tudo vira a frecha da porta do quarto
Da ausência em mim abre-se no piso um retorno
inconsequente adorno à palavra que me cala
Eu mandava pensar nos amigos, e amores
e a razão calada às paredes a tirar-me de volta
Um surreal me vem à noite sã e me solta
à luz da lâmpada, dentro do ar de um ventilador
E de repente, antagônico ao acaso
entre cantos e segundos
O espelho então me aborda
A queda te enfia pra longe dos sonhos
e tudo que irá ganhar são desejos como aqueles de contos
Descreve-se a essência de uma flor ou nuvem
mas nunca da trilha que percorre teus passos de amor.
E assim me deitei sobre a cama
sobre a chama, a calma e a confusão
Algo aqui é silêncio, algo ali um coração...
O caos visivelmente espalhado ao redor
um nó devidamente instalado na garganta
E eu me cubro de uma pele que caiu da lembrança
ao sentir a lágrima do alívio ficar


Deibe Viana

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

pode ser o céu!


Às vezes me chega uma impressão de que lá fora
não acontece nada... como com a vida de ninguém...
à porta trancada... o mundo se faz em instantes daqui
junto comigo em casa, faço me rodear de um tom visível
dentro da digestão dos encostados em uma estrela
nem sei de rua
de um cansado estar de mente crua
fico às lembranças de quando ao fundo dos horizontes
e são aos montes... vê?
entender que chove que floresce
viver por crer de um verdadeiro ar
sabedoria em nó... Sou uma existência
e assim como qualquer outro
todos em sua carência...


qual a melhor forma de percorrer o tempo?
a linha tênue que 'suporta' seu cérebro no vão das realidades?
teríamos que nos deixar seduzidos pelas correntes prazerosas do vento...
aquelas que te seguram no céu, pra mim... enquanto estou deitado.
preso nas concretas fantasias de um ser que sente...
um animal que sonha... 

qual a maior forma de te fazer compreender que a vida pode ser do amor
assim como o amor é do anseio


Deibe

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

time tonight


“Por linhas de mudanças
Eu não tenho tempo esta noite
Nestes tempos, o vento supera a maré
Quando é difícil acordar
Os sonhos compensarão a tua vida
Essa luz maluca nunca te deixa morrer
...Crescendo
Nós nos transformamos no que você quiser
A Lua novamente sobe alto demais
E nós não precisamos do céu
Querer saber o que é isso que faz o mundo andar devagar
Querer saber o que é isso que me faz sentir tão louco
Todos que falam comigo... não falaria
Eu não me importo, exceto se eu me sentir tão mau
Por que não ninguém em minha vida?
...Tempo
Não há tempo esta noite
...Grande
Não há um quarto onde podemos ver ampliadamente
...Tempo
Não há tempo esta noite”


John Frusciante

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

poente da mesma canção



Vem ver o que aconteceu com aquele girassol
O dia escureceu e ele acordou pra lua
Como se ouvisse o som do mar... lhe doer
Vem ver a força que ele brilha pras estrelas
É alegria, solidão, vontade crua
É como se mirasse um bom lugar... pra viver
Sem ninguém saber,
apesar do amor e de tanto se conter (em si).
Voar, viajar e se desfazer
de tudo na terra.
Vai ver que foi efeito natural do sentimento
De uma flor banhada por lágrimas de um louco
E busca seu conforto à luz de um luar... pode ser
Ah... Foi naquela flor!
Sem ninguém saber,
apesar dos sonhos e de todos os desejos (daqui).
Voar, viajar e se refazer
em tudo na terra.
...
Ela buscou conforto no luar
Foi por amor que a noite ela acordou
Foram as lágrimas ao invés da chuva...
Viraram poente da mesma canção


Deibe

Arthur Schopenhauer

"A arte é uma flor nascida no caminho da nossa vida, e se desenvolve para suaviza-la"