Fumaça tóxica industrializada
Carniça animal seca
Tempo confuso e atemporal
Todos os lados, e um tanto unilateral
Mordaça cômica humana
Cigana mente em vida estacada
Dor da palavra suja
Na cara do amor disfarçada
Caminho único e destino incerto
Solidão crônica em infinito desejo
Beijo de tristeza e o caos nos olhos
tralhas na respiração de ensejo
Desculpas e mais falhas
Atalhos e poucos encontros
...
Galhos em menos verde, há
Sede à lágrima vermelha
velha infância na cabeça.
Peça enrustida no mundo, é
sonda lírica na mente...
Tudo que há pela frente
é cor, amor, é se, e supor.
Em todo punhal da vida cheia
nas costas pesadas de alguns fins vazios..
Deibe Viana
(Imagem retirada de João P. Cuenca em Dançando com o vazio para O Globo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário